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segunda-feira

15

agosto 2016

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Chupeta: Mocinha ou Vilã?

Escrito por , Postado emMaternidade

Quem nunca ouviu dizer que chupeta acalma? E que também pode trazer alguns prejuízos?

Muito bem, vamos esclarecer agora os prós e contras desse objeto tão adorado pelos bebês e mães, e temidos pelos médicos e dentistas.

A palavra chupeta em inglês quer dizer Pacifier, ou seja, pacificador, o que tranquiliza ou acalma. É exatamente por isso que a maioria dos pais começa a introduzir a chupeta ao cotidiano dos bebês. Sabe-se que até os 2 anos de idade, a criança tem uma necessidade fisiológica de sucção. Onde a sucção no seio da mãe deveria satisfazê-la tanto em termos nutricionais quanto emocionais, mas isso começa a mudar nos primeiros meses de vida, transformando-se em hábito, quando mesmo na ausência da fome, o bebê procura sugar, levando tudo à boca, apenas na busca de prazer. É o jeito dele conhecer o mundo!!! Sentindo gostos, texturas, temperaturas.

Até aí, tudo bem! O problema é com qual frequência, tempo e a intensidade que a criança permanece com a chupeta na boca!!!

Quando esse tempo, frequência e intensidade são demasiados, estamos interferindo no equilíbrio do Sistema Estomatognático (conjunto de estruturas da cabeça, face e pescoço, como ossos, músculos, dentes, glândulas, nervos e articulações) responsável pela mastigação, deglutição, respiração e fonoarticulação. E é exatamente aqui, que os prejuízos começam a aparecer!!!

Um bebê que faz uso de chupeta tem até 2 vezes mais chances de desenvolver algum tipo de problemas no seu desenvolvimento, sem contar com a bagagem genética que pode potencializar ainda mais. Isso ocorre porque a chupeta causa uma deformação nas arcadas dentárias do bebê, projetando seus dentinhos superiores e maxila para frente, criando um espaço entre os dentinhos de cima e de baixo, não permitindo que eles se apoiem e consigam fechar a boca de forma adequada, sem esforço muscular. É o que chamamos de mordida aberta!

Com isso, temos problemas:

  • na respiração (o bebê passa a respirar pela boca, porque está sempre aberta, por interposição da língua, com isso, o ar não passa pelo nariz nem pelos seios da face, deixando de estimular o desenvolvimento e crescimento normal dessas estruturas. Também não permite que o ar que entra pela boca seja aquecido e nem filtrado, como seria feito pelos pêlos do nariz, causando irritações recorrentes na orofaringe, laringe e pulmão. A respiração oral leva à diminuição da produção da saliva, que pode aumentar o risco de cáries. )
  • na deglutição (o bebê não consegue mastigar direito porque a língua fica se interpondo no espaço aberto pela chupeta)
  • na fonação (os dentes funcionam como um anteparo, determinando até aonde a língua pode ir, e assim, produzir os sons corretamente. Como existe um espaço entre os dentes da frente, a língua passa, se interpões aos dentes e produz um som sibilante).

A chupeta, se usada, deve ser de forma racional, respeitando as reais necessidades de sucção da criança, pois a severidade dos efeitos nocivos está relacionada à duração, frequência e intensidade com que é usada, podendo determinar má-oclusão dentária, má- postura de língua e problemas articulatórios.

Será que não vale a pena pensar em outras formas de acalmar nossos filhos?

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Quem sabe uma música, um carinho, ou melhor, colo!!!! Essas são as melhores maneiras para fazer o choro parar, e além disso, ainda estamos aumentando nosso vínculo com nossos filhos, fazendo com que eles percebam que nós é que somos o porto seguro deles, e não a chupeta. Esse simples ato de colocar no colo e acalentar, pertinho da mãe, faz com que os bebês sintam-se “em casa”, pois reconhecem seu cheiro e batimentos cardíacos. É o que dá segurança e tranqüilidade à criança, além do toque, da voz e do olhar afetuoso da mãe. Por isso, não raro o bebê pára de chorar quando está em seus braços, segundo estudos do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A velha teoria de que colo deixa a criança mimada está perdendo adeptos, para sorte dos bebês. Entre os argumentos a favor, estão a segurança e o afeto transmitidos a eles, sentimentos que mesmo em excesso não fazem mal a ninguém.

*Post Colaborativo de autoria da Dentista Carolina Cavalcante:

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