Na última semana, nós conversamos com a atriz Fernanda Machado, que recentemente venceu a endometriose e contou um pouco pra gente sobre como foi saber sobre a gravidez e os cuidados que ela estava tendo.

Se você ainda não conferiu a nossa entrevista com a nova mamãe Fernanda Machado, clique aqui.

Cerca de sete milhões de mulheres no Brasil sofrem com a endometriose. Entre 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva (em torno de 13 a 45 anos) podem desenvolvê-la e 30% tem chances de ficarem estéreis e não conseguem engravidar, segundo a Associação Brasileira de Endometriose.

Mas o que é Endometriose?

É uma doença crônica, muitas vezes dolorosa, na qual o tecido que normalmente reveste o interior do útero, o endométrio,  cresce fora dele. Endometriose envolve seu ovários, intestino ou o tecido que reveste a pélvis. Raramente, o tecido endometrial pode se espalhar além de sua região pélvica.

Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação. Em alguns casos, um pouco desse sangue migra no sentido oposto e cai nos ovários ou na cavidade abdominal, causando a lesão endometriótica. As causas desse comportamento ainda são desconhecidas, mas sabe-se que há um risco maior de desenvolver endometriose se a mãe ou irmã da paciente sofrem com a doença.

Quais são os sintomas da Endometriose?

O principal sintoma da endometriose é a dor pélvica, muitas vezes associada com o seu período menstrual. Embora muitas mulheres experimentam cólicas durante o período menstrual, as mulheres com endometriose  descrevem essas dor como muito pior do que o habitual. Elas também, em muitos casos, relatam que a dor tem aumenta ao longo do tempo.

Sinais e sintomas de endometriose comuns podem incluir: 

– Cólica menstrual (dismenorreia) 

A dor pélvica e as cólicas podem começar antes e estender por vários dias em seu período menstrual e pode acontecer na parte inferior das costas além da dor abdominal.

– Dor durante a relação sexual 

A dor durante ou após a relação sexual é comum em pessoas com endometriose.

– Dor com os movimentos intestinais ou micção. 

É mais provável que sinta estes sintomas durante o período mentrual.

– Sangramento excessivo

Você pode experimentar períodos ocasionais carregados e prolongados (menorragia) ou sangramento entre os períodos (menometrorragia)

– Infertilidade 

A endometriose é diagnosticada pela primeira vez em algumas mulheres que buscam tratamento para a infertilidade.

Se você está sofrendo com infertilidade, fique calma, pode ser que não seja endometriose. Ela é apenas um dos diversos motivos para que você não engravide. No entanto, tem como engravidar naturalmente e você encontra uma super dica clicando aqui.

*Já ouviu falar em Lisa Olson?

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Ela conta que passou anos tentando engravidar e que ouviu dos médicos que jamais engravidaria. Estudou bastante e montou um Ebook com dicas que não só ela como milhares de mulheres já usaram e engravidaram naturalmente mesmo sendo diagnosticadas incapazes.

No site, ela conta toda a sua história. Lá você também encontra o depoimento de outras mulheres que seguiram os ensinamentos de Lisa.

O Milagre da Gravidez é um e-book de 279 páginas, que pode ser baixado instantaneamente (após a compra, é claro), que apresenta 5 passos de um sistema antigo chinês e holístico para reverter a sua infertilidade e de seu parceiro e engravidar rápida e naturalmente.

A idealizadora e co-fundadora do Grávida Dicas, a Gi, pesquisou bastante sobre o produto e encontrou várias “fontes” positivas. Como está tentando engravidar há algum tempo (depois tem post sobre ela e o que ela tem feito para engravidar), ela resolveu seguir os ensinamentos de Lisa e comprou O Milagre da Gravidez.

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– Outros sintomas

Algumas mulheres apresentam fadiga, diarreia, constipação, distensão abdominal ou náuseas, principalmente durante os períodos menstruais.

A dor não deve ser levada como o principal sintoma da endometriose, pois algumas mulheres com endometriose leve têm extensa dor, enquanto outras com endometriose avançada pode ter pouca dor ou não sentir nenhuma dor.

A endometriose, em muitos casos, é confundida com outras doenças que podem causar dor pélvica, como a doença inflamatória pélvica (DIP) ou cistos nos ovários. Pode ser confundida também com a síndrome do intestino irritável (SII), uma condição que causa episódios de diarreia, prisão de ventre e cólicas abdominais. SII pode acompanhar a endometriose, o que pode complicar o diagnóstico.

Quando devo consultar meu médico? 

Consulte o seu médico se você apresenta sinais e sintomas que foram listados acima e que podem indicar a endometriose. A causa da dor pélvica crônica ou grave podem ser difíceis de identificar. Mas descobrir o problema precoce pode ajudar a evitar complicações e dores desnecessárias.

Quais são as causas da endometriose? 

Não há uma causa ainda definida, no entanto, há algumas explicações para ela:

– Menstruação retrógrada

Esta é a explicação mais provável para a endometriose. Em menstruação retrógrada, o sangue menstrual contém células endometriais. Estas células endometriais deslocadas aderem às paredes pélvicas e superfícies de órgãos pélvicos, onde crescem e continuam a engrossar e sangrar ao longo de cada ciclo menstrual.

– Crescimento de células embrionárias

As células que revestem as cavidades abdominais e pélvica vem a partir de células embrionárias. Quando uma ou mais pequenas áreas do revestimento abdominal transformar em tecido endometrial, a endometriose pode desenvolver.

– Transportes de células endometriais

O sistema de vasos sanguíneos ou tecidos linfáticos podem transportar células endometriais para outras partes do corpo.

– Desordem do sistema imunitário

É possível que um problema com o sistema imune possa fazer o corpo incapaz de reconhecer e destruir o tecido endometrial que cresce para fora do útero.

Quais são os fatores de risco?

Há vários fatores que podem fazer você desenvolver a endometriose. Alguns deles são:

– Não engravidar ou demorar para isso.

– Um ou mais parentes (mãe, tia ou irmã) com endometriose.

– Qualquer condição médica que impede a passagem normal de fluxo menstrual para fora do corpo. 

– História de infecção pélvica.

– Anormalidades uterinas.

A endometriose geralmente se desenvolve vários anos após o início da menstruação (menarca). Sinais e sintomas de endometriose acabam temporariamente com a gravidez e acabam permanentemente com a menopausa, a menos que você esteja tomando estrogênio.

Quais complicações a endometriose pode causar?

– Infertilidade 

A principal complicação da endometriose é a infertilidade. Cerca de um terço das mulheres com endometriose têm dificuldade em engravidar. Fernanda Machado sofreu muito com isso.

Para que a gravidez ocorra, um ovo deve ser liberado de um ovário, viajar através da trompa de Falópio vizinha, tornar-se fertilizado por um espermatozoide e juntar-se à parede do útero para iniciar o desenvolvimento. A endometriose pode obstruir o tubo e manter o óvulo e o espermatozoide se unam. Mas a condição também parece afetar a fertilidade de maneira menos direta, tais como danos ao esperma ou óvulo.

Mesmo assim, muitas mulheres com endometriose leve ou moderada ainda podem conceber e levar uma gravidez até o fim da gestação. Alguns médicos aconselham as mulheres com endometriose não demorar para ter filhos, pois a condição pode piorar com o tempo.

A endometriose é uma das diversas causas de infertilidade, problema que atinge mulheres e homens. Muitas mulheres que sofrem com isso sonham com o milagre da gravidez*, que em muitos casos não chega ser impossível.

*citado mais acima

– Câncer de ovário 

Alguns estudos sugerem que a endometriose aumenta esse risco (de ter câncer de ovário), mas ainda é relativamente baixo. Apesar de raro, um outro tipo de câncer, é o câncer do endométrio que pode se desenvolver mais tarde na vida em mulheres que tiveram endometriose.

Testes e diagnóstico 

Para diagnosticar a endometriose e outras condições que podem causar dor pélvica, o seu médico irá pedir para você descrever seus sintomas, incluindo a localização de sua dor e quando ele ocorre.

Há alguns testes para verificar se há indícios físicos de endometriose: 

– Exame pélvico 

Durante um exame pélvico, o seu médico irá tocar as áreas em sua pélvis para verificar se há anormalidades, como cistos em seus órgãos reprodutivos ou cicatrizes atrás de seu útero. Muitas vezes não é possível sentir pequenas áreas de endometriose, a menos que tenhaum cisto formado.

– Ultra-som 

Este teste utiliza ondas sonoras de alta frequência para criar imagens do interior do seu corpo. Para capturar as imagens, um dispositivo chamado transdutor  é pressionado contra sua pele abdominal ou inserido em sua vagina (ultra-som transvaginal). Ambos os tipos de ultra-som pode ser feito para obter a melhor vista de seus órgãos reprodutivos. A ultrassonografia não vai afirmar ao seu médico se você tem endometriose ou não, mas pode identificar cistos associados a endometriose (endometriomas).

– Laparoscopia

Para ter certeza de que você tem endometriose, o médico pode encaminhá-la para um cirurgião para que ele olhe dentro de seu abdômen e possa detectar sinais de endometriose, utilizando um procedimento cirúrgico chamado laparoscopia. Enquanto você está sob anestesia geral, o cirurgião faz uma pequena incisão perto do seu umbigo e insere um instrumento de visualização delgado (laparoscópio), à procura de tecido endometrial fora do útero. Ele  pode tirar amostras de tecido (biópsia) para análise.

A Laparoscopia pode fornecer informações sobre a localização, extensão e tamanho dos implantes endometriais para ajudar a determinar as melhores opções de tratamento.

– Laparotomia

É o procedimento tradicional e considerado mais invasivo em comparação à Laparoscopia.  Envolve uma incisão abdominal maior para acessar os órgãos internos, e pode ser indicada pelo médico dependendo das necessidades da paciente.

Quais são os tratamentos para quem tem endometriose?

Dois tipos de tratamento podem ser usados para combater as dores da endometriose: medicamentos ou cirurgia. Cada um deles tem suas especificidades e cabe ao ginecologista avaliar a gravidade da doença em cada caso e recomendar o melhor tratamento. Vale lembrar que, dependendo da situação, ambos os procedimentos são feitos de maneira integrada.

– Tratamento cirúrgico

Nesse procedimento, a endometriose é removida por meio de uma cirurgia chamada laparoscopia. Em alguns casos, é possível eliminar apenas os focos da doença ou as complicações que ela traz – como cistos, por exemplo. No entanto, em situações mais sérias, o procedimento precisará até remover os órgãos pélvicos afetados pela enfermidade. Dependendo das condições da doença, é possível recorrer a tratamento por laparoscopia, com laser.

“Tive endometriose e o tratamento é bloquear a menstruação. Fiz a cirurgia durante a novela (Amor à Vida, 2014) para limpar tudo já pensando em engravidar. Quando tirei o implante da progesterona fiquei com medo de não conseguir engravidar, da doença voltar e ter que operar de novo. Mas engravidei com o primeiro óvulo. Na minha primeira menstruação comprei um aparelhinho para ver se estava ovulando. Eu estava, fiz tudo certinho e engravidei!“, contou Fernanda Machado no programa Encontro, da Rede Globo.

Confira o vídeo em que atriz falou sobre a endometriose e como foi o seu tratamento:

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